Me formei em psicologia no ano pandêmico de 2020, com muitos desafios. Desde a graduação, minhas pesquisas e estudos foram focados na área de gênero e sexualidade (bem-estar psicológico da população LGBTQIA+ e imigração de mulheres).

Após a graduação, participei de um aprimoramento pela Rede de Escutas Marginais – projeto de formação em escuta orientado pela psicanálise crítica, direcionado para profissionais SUS e SUAS e políticas públicas do Coletivo Margens Clínicas. Meus atendimentos depois de formada foram organicamente direcionados para a comunidade LGBTQIA+, pois comecei a atender em projetos focados para esse público, o que expandiu e possibilitou essa aproximação.

Atualmente atuo como voluntária no Projeto Colorir-Ser (atendimento para mulheres e pessoas LGBTQIA+) e no IBRAT – Instituto de Transmasculinidades (atendimento para pessoas transmasculinas). Como uma mulher também participante da comunidade, acredito que compreender um pouco das demandas vivenciadas por essas pessoas fortalece o vínculo terapêutico e o sentido de poder fazer alguma diferença na vida dessas pessoas. Meus atendimentos têm como base a abordagem da psicanálise na interseccionalidade de gênero, raça e classe através da perspectiva da psicologia social.